sábado, 26 de agosto de 2006

Saudade

Eu poderia dizer um bocado de coisas
Mas não posso
não posso por que não as conheço.
O que eu conheço é tão pouco
Mal encheria uma página.
Eu só sei que tenho saudades
E o que é que a saudade não é capaz de fazer?
A saudade, irmã íntima do amor
Tão poderosa quanto, é capaz das piores maldades
Eu a tenho comigo.
Dorme ao meu lado todos os dias, a saudade.
Na rua, segura minha mão e no cinema
Cochicha palavras no meu ouvido, baixinho.
Posso ouvir os seus suspiros, errepiam-me
Aceleram meu coração, congelam minhas mãos.
Ela não quer ir embora; não consigo mandá-la
Já te procurei e você sabe que esta é a única
Sim, a única forma de que disponho para me livrar...
Sabes que você e ela não podem estar no mesmo lugar
É contra a ciência!!!
Assim, com esta presença ao meu lado
Não posso, não consigo, não me deixo
Conhecer as coisas
E então eu poderia dizer um bocado de coisas
Mas não posso
não posso por que não me deixas.

3 comentários:

Anônimo disse...

Amigo cada dia que passa eu amo mais os seus poemas... um dia quando vc tiver um tempinho eu ainda espero que vc faça um só pra mim...hehe
te adoruuuuuuuuuu =)

Anônimo disse...

a saudade corrói... Mas de quem é culpa? E isso é desculpa? ótimo poema!

Anônimo disse...

Lindo, lindo, lindo!
beijão