terça-feira, 22 de abril de 2008

A palavra é: Clima...e outras cositas mas....


Eu sempre digo, quando o assunto surge, que pra assistir esse tipo de filme você tem que estar no clima. Claro que esse clima é a própria pessoa que tem que criar. Se a gente senta, pra assitir um filme de comédia, triste ou com raiva ou sei lá como, não é dificil que em poucos minutos uma risadinha escorra pelo canto da boca, e aí a situação já fica diferente ( é, rola a risadinha até em filmes idiotas, filme de comédia é engraçado por isso, ou você ri por que o filme é bom ou por que ele é muito ruim!). Essa mesma situação pode acontecer com filme romantico também....é certo que não é tão fácil assim como nos filmes de comédia, mas acontece de você estar num clima e passar a outro quando a filme vai passando. Agora um tipo de filme controverso em que não dá muito certo esperar pra mudar de clima é o filme de terror.
Se você está todo engraçadinho, contando piadas e fazendo gracinhas com seus amigos e vai assitir um filme de terror, ele já não será mais de terror, virou comédia. Não tem uma pessoa que não perceba loguinho os erros do filme, as tosquices do fantasma, a peruca do monstro, o grito super superficial da atriz-mocinha principal. Se você está com alguém, num clima meio inlov ou quase isso, num cinema ou em casa, e um filme de torror começa a rolar, pronto, virou motivo pra não prestar atenção nenhuma no filme e esperar que a companhia fique assustada (com uma cena que não daria medo nem em criancinha) e agarre sua mão ou te abrace e pra você fingir que prestava atenção no filme enquanto arquitetava o próximo movimento.
Dessa forma, como sempre digo, pra você assistir um filme de terror, você tem que estar no clima, ou seja, comprar a idéia patética do autor de que aquilo que está acontecendo é real, ou que pode acontecer, você precisa se colocar no lugar da mocinha sofredora ( mas que nunca, jamais, morre ou sofre de falta de coragem), que pessoas mortas realmente podem voltar ou que seres malignos vagam na terra com toda sua crueldade e desejo por sangue.
Gosto de pessoas que conseguem sentir medo num filme de terror bobo. Não gosto quando, sabendo que o filme é de terror, as pessoas ficam fazendo piadinhas do tipo: Nossa, olha que ridículo, isso nunca que ia acontecer (CLARO! é um filme né, dã!).
Eu sou chato quando o assunto é filme, isso é fato.


Voltando a falar de medos ( minha coleção parece sempre aumentar, quer dizer, se não aumenta, pelo menos não diminui), eu tenho medo quando me proponho a ter, isso com relação aos filmes, e tenho também quando não queria...tenho medos classicos, aqueles que todo mundo tem, teve ou um dia vai ter, e tenho outros que são só meus...tenho umas raridades, tenho uns exóticos, tenho uma coleção que encheria uma trilógia merecedora de no mínimo 5 Orcars cada um.
Eu tenho aquele medo de ficar só, aquele de não saber, aquele de rejeição, aquele de público, aquele de frustração, aquele da escolha errada, aquele de falar d+, aquele de nunca falar nada, aquele de não ter, aquele de ser muito igual junto com o ser totalmente diferente, aquele do preconceito, aquele da virada do ano, aquele de casas separadas, aquele de nunca mais abraçar, aquele de não dar tempo, aquele da saudade...mas os maiores nesse momento são aqueles de sentir muito medo por tempo d+ e aquele de não conseguir me perdoar quando pedir perdão.


No fim, a vontade que fica no peito é a de poder diluir tudo isso em águas agitadas, quer elas tenham sido agitadas pela festa de pessoas felizes ou pela tempestade que está por vir.
Que a chuva não acabe enquanto a pedra não esteja furada!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

A tí, Augusto!

Em momentos de escruciante vontade de não sei o quê, volto-me ao homem da poesia mais escarlate que conheço, e aqui lhe faço homenagem...

POEMA NEGRO

Para iludir minha desgraça, estudo.
Intimamente sei que não me iludo.
Para onde vou (o mundo inteiro o nota)
Nos meus olhares fúnebres, carrego
A indiferença estúpida de um cego
E o ar indolente de um chinês idiota!

A passagem dos séculos me assombra.
Para onde irá correndo minha sombra
Nesse cavalo de eletricidade?!
Caminho, e a mim pergunto, na vertigem:
- Quem sou? Para onde vou? Qual minha origem?
E parece-me um sonho a realidade.

Em vão com o grito do meu peito impreco!
Dos brados meus ouvindo apenas o eco,
Eu torço os braços numa angústia douda
E muita vez, á meia-noite, rio
Sinistramente, vendo o verme frio
Que há de comer a minha carne toda!

É a Morte - esta carnívora assanhada -
Serpente má de língua envenenada
Que tudo que acha no caminho, come...
- Faminta e atra mulher que, a 1 de Janeiro,
Sai para assassinar o mundo inteiro,
E o mundo inteiro não lhe mata a fome!

Quem dera os litros fossem mililitros....


Colocaram, de forma sutil, uma agulha na veia do meu braço...dela seguia uma sonda e um saquinho daqueles de soro de um tamanho que nem sei, litros?...Vez ou outra desde então minha vida corre com esse sabor, doce-salgado...oras mais doce oras mais salgada...insosa, agoniante, enjoante...

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Tentando dizer ´´Gosto Assim!´´

Faz um tempinho...
Aí apareci aqui, com muita sede e quero tomar esse banho tépido...
Foi bem duro esse tempinho sabe, cheio de mometos estranhos, dias intermináveis e muito muito sono.... fui quem não gosto de ser um tantão de dias, mas nem sei de quem é a culpa. Gosto disso não, eu gosto é daquele jeito quando digo, com a boca cheia e vazada de um sorriso, lembrando das melhores pessoas, ´´GOSTO ASSIM!´´
Fim de mais uma temporada, um momentinho onde uso o tempo que não tenho ou uso o que tenho para sei lá o que, uma coisa que volta e meia custumam chamar de ´´futuro´´.
Sempre, sempre tive uma certa antipatia por esse trocinho que nunca se alcança embora esteja na frente do nariz. Acho que não dá pra fazer muita coisa olhando pra ele, eu fico tonto todas as vezes, me dá um certo enjoo e passo mal. Prefiro olhar ou pra baixo ou pra cima, ou para os meus pés ou pra nuvem que está exatamente em cima da minha cabeça. Dessas coisas tenho certeza!
Parece que vivi um tempo fora do tempo, longe das coisas...quero de volta e quero agora!