terça-feira, 29 de agosto de 2006

Guri

Corre guri,
Corre então e começa a pensar no seu futuro
Que já é tão presente quanto o passado...
Corre por entre todos
Corre dentro de si mesmo

Ele sente a brisa e se deixa levar
A areia corre sob seus pés
Massageia e entra entre seus dedos pequenos
Ele flutua sobre tudo que é...

Fica sempre assim guri, fica
Seja feliz e pensa em tudo
Pensa no quanto isso é nada, pode ser nada
Brinca com a vida, esse não é um jogo só pra um!

Leva tudo que encontar no caminho
Cada cor de vento, cada cheiro de tempo
Entra sempre em você e se descobre
Mas não esquece que você se encontrará mais nos outros...
Ihh essa é uma longa história
E pena, só você pode descobrir.

Aprende a falar tudo
Mas fala nada não, só olha, ouve!
Diz muito Bom Dia!...Tenho Saudades...Desculpe-me...Te amo!

Continua guri,
Continua que eu te espero...

sábado, 26 de agosto de 2006

Saudade

Eu poderia dizer um bocado de coisas
Mas não posso
não posso por que não as conheço.
O que eu conheço é tão pouco
Mal encheria uma página.
Eu só sei que tenho saudades
E o que é que a saudade não é capaz de fazer?
A saudade, irmã íntima do amor
Tão poderosa quanto, é capaz das piores maldades
Eu a tenho comigo.
Dorme ao meu lado todos os dias, a saudade.
Na rua, segura minha mão e no cinema
Cochicha palavras no meu ouvido, baixinho.
Posso ouvir os seus suspiros, errepiam-me
Aceleram meu coração, congelam minhas mãos.
Ela não quer ir embora; não consigo mandá-la
Já te procurei e você sabe que esta é a única
Sim, a única forma de que disponho para me livrar...
Sabes que você e ela não podem estar no mesmo lugar
É contra a ciência!!!
Assim, com esta presença ao meu lado
Não posso, não consigo, não me deixo
Conhecer as coisas
E então eu poderia dizer um bocado de coisas
Mas não posso
não posso por que não me deixas.

Folhas

As folhas caiam
Elas caem sempre
Querem cair e caem.
E então novas folhas surgem
Para que um dia queiram cair
Então elas também caem.
Eu queria ser uma folha
E poder querer cair
Sem precisar ficar triste
Sem que me vejam como único
Queria poder ser substituido
Por alguma folha melhor, mais verde!
Queria poder no outono cair...
Ser naqueles segundos infinitos livre
Ver que valeu a pena viver
Só para ter aqueles sgundos
Enquanto viajo entre meu velho galho
E meu novo chão
Seria então: Livre!

sábado, 12 de agosto de 2006

Pétalas amarelas, palavras negras...

As pétalas amarelas que te dei
Um dia foram, hoje são, amanhã...
Escritas sobre elas, palavras negras
Como os fios que se embaraçam em meu coração
Todos eles soando triste, cada um uma canção.
Me fazendo escrever versos...
Todos negros
Em pétalas amarelas, douradas, ilusão.

Eu só queria era
Continuar dilatando minhas pupilas
No escuro dos teus cabelos
No profundo dos teus olhos
No mistério do teu ser!

Eu queria era me deixar queimar pela febre que me causaste
Mas só pra te ter mais perto
Pra te ter cuidando de mim...
Não quero essa dor se não tenho a ti
Causaste o mal e foste embora
Nem se quer me curou, muito menos me matou...
Me deixou neste estado de meio, metade, de continuação...
De algo que nunca acontecerá...

O que me resta são os versos pobres que escrevo
E quando os escrevo me lembro da miséria de amar
E da furiosa seringa da paixão...
Me lembro de ser um ser humano como todos
E de ser vítima desse mal impertinente
Dessa droga que não sara, só se esconde dentro, dentro de não sei onde
E que nos consome a mente, tira a razão, dúbia...
Obscura, ahhh arte da trevas...

Obrigado por me fazer ver que sou o mesmo pó
Que vim da mesma merda que todos...
Oh que felicidade, oh que novidade,
Sou a porra de um Humano miserável heheheheh!