domingo, 27 de janeiro de 2008

Lima Lima Limão!!!


Gosto de você por que você sabe o valor ácido de cada sinceridade...sabe também a medida e a hora certa de acrescentar um docinho de mentira!

Te importa? Faz boca torta!


Superlotar minha cabeça
Com pensamentos que não são m e u s.
Falar dez miiiiiiiillllllll palavras por hora
Ouvir milhões de sons por segundo
E nenhum é meu...
Me abstenho de ser por um dia{ }
Me ausento de mim por milênios.[ ]
Gostar de ser um invólucro...............
...............................................................Não gostar de se usado

Ser comum como todo padrão
Ser a razão da ambivalência
Estender-me de linha reta ____________________________
Para perceber cada curva, frizo. __.__..__,_._,,_,___..._____.,.___

Nonsense...frescura...malandragem...
Dengo...carência...caridade...
Preguiça...empreguinho...viadagem...

Importa???

Perfume


Quando penso em você
Minhas mãos se enchem
Daquele perfume doce, macio...
Elas jamais estão ásperas.

Minhas mente tem outra habitação
Não minha cabeça...
.................................Teus olhos serenos
.................................Teu sorriso largo
.................................Tuas orelhas pequenas
.................................Nos teus cabelos, afago.

Não sei te dizer: Como és linda!
Pois que és tudo e não há
Somente este lado em ti...
Diamante misterioso de lados infinitos.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Ufa!


...Tempos difíceis foram esses viu...
...Depois de alguns longos dias longe de minha querida máquina mortífera, estou de volta!
...Este tempo em que estive longe fez com que eu sentisse muita falta disso aqui, de escrever, de poder me comunicar com o desconhecido, falar no meio do meu silêncio, gritar coisas minhas, ou coisas dos outros que poderiam ser minhas...ouvir a mim mesmo, dizer coisas que tenho vontade e que não me agradam.
...Sentindo-me dessa forma, forcei e me forço cada dia a fazer mais essa tarefa que é sina e destino meu... claro, como estava longe do meu instrumento virtual, contei com a ajuda incrivelmente iluminada de uma garotinha pelada, senhorita Sw? ( te adoro viu!), a ela devo as 4 ultimas postagens!
...Nesse inteirim resolvi também, em momentos de agonia criativa ou o que quer que isso seja, junto de Sw? e Eterna Primavera, despir-me de todos os meus acessórios fúteis e me juntar a uma multidão nua que deseja ser livre, que deseja estar em seu Eu mais original e então ver de qualé!
...Desta forma é indispensável que você reflita em tais escritos!
http://www.massarandupios.blogspot.com/
...Pois como dizia Richard Bach :
´´Se desejas tanto a liberdade e a felicidade, não vês que ambas estão dentro de ti? Pensas que a tens e a terás. Age como se fossem tuas e serão!´´

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

O Novo jarro do velho museu 4

Saudade meu bem, saudade. São sempre palavras como essas que põe em parafuso a cabeça de gentes fracas como eu. Saudade é um sentimento tão misterioso, mas tão misterioso que chega a ser angustiante imaginar que ninguém jamais poderá se livrar dele. Saudade da infância, saudade de alguém, saudade de um amor, saudade de um dia. Saudade do ultimo gole de um suco bom, saudade do sorriso que acabou de morrer na boca de alguém legal. Saudade é um sentimento que é multiforme, pode ser pequeno, ínfimo, tão minúsculo que quase ninguém sabe que sente ou se sente não sabe que aquilo se chama saudade; pode ser média, fazendo com que a pessoa sinta um gostinho diferente na boca quando se lembra e fique com os olhos perdidos e pode ser gigantesca, esmagando qualquer outro sentimento existente no ser, fazendo com que tudo suma, tudo fique negro, faz doer todas as partezinhas do corpo e é incontrolável. A saudade pode ser constrangedora, libertadora, feia, carinhosa, dramática, artística, impulsionante e até mortal. Tenho medo só da ultima...do resto tenho não, porque sentir saudade é uma forma de me sentir poeta!

O Novo jarro do velho museu 3

Estou sem sentimentos inspiradores neste exato momento, mas pensar que são apenas esses momentos que fazem de mim o que sou vai totalmente contra o que eu acredito ser um bom eu. A primeira coisa que devemos levar em conta é que a arte não existe por que um punhado de pessoas em suas épocas foram agraciadas com visitas constantes dessas senhoras chamadas Musas e deixaram-se levar por elas em seus atos criativos. È certo e não há o que duvidar que certos senhores tinham como intimas essas beldades, mas não eram somente elas que faziam suas macieiras frutificarem. Antes de todo ato artístico existe o conhecer, o trabalhar e o penar de todo o processo pré.
As pessoas que apreciam a arte, ou pelo menos o dizem, contemplam tudo com grande afeição e deslumbramento, congratulam o artista, vão para suas casas, pensam na obra, refletem, acham significados para elas, as colocam como marcos nas suas vidas e fim. São poucos os que, antes de tudo, ao olharem para aquele assomo de alma e contrações, pensam no quanto o artista sofreu para produzir, o quanto ele estudou, o quanto maturou idéias, fez e desfez rascunhos e mais rascunhos, enjoou-se, alegrou-se, desistiu até por fim chegar ao trabalho final (que na maioria das vezes nem fica do jeitinho que o idealizador queria).
Trabalho. Esse sim é o sinônimo de qualquer artifício ou agente artístico. Esforço, treino, compreensão, estudos, críticas, fracassos. E é o trabalho mais laborioso de todos, pois só depende do próprio artesão.

O novo jarro do velho museu 2

Com que freqüência os símbolos tradicionais de uma sociedade global tendem a mudar de significado? Constantemente um sentimento de mudança bruta, mesmo que natural, tem tomado conta de meus pobres receptores sensoriais. A maioria dessas mudanças parecem não fazer parte do meu tempo, como se o que se foi já se foi a algum tempo e que não vivi o suficiente daquilo pra sentir saudade e o que veio veio rápido demais, de forma que me pegou meio de surpresa e ainda não me adaptei. Talvez eu é que seja lento demais para perceber que essas mudanças sempre ocorrem e que eu vivi o tempo necessário pra me sentir nostálgico como qualquer outro e que a surpresa que me acomete só é surpresa por conta de uma ignorância que guardo e que de vez em quando ponho em uso.
Falo de tradições porque estamos vivendo uma época de muito significado (ou não). O Natal, por exemplo, é um desses símbolos tradicionais que tenho visto mudar de forma incrivelmente cômoda. Há alguns anos atrás, todo o mês, os dias que previam essa data e os dias pós Natal eram alvamente adocicados com toda magia e felicidade esperançosa que se poderia caber dentro de um coração. Junto desse fervor, amontoavam-se pilhas e mais pilhas de embrulhos vistosos aos pés de uma mais que radiante árvore morta-feliz. O tempo passa e foi passando até chegarmos num ponto onde toda essa balela enjoativa de esperança e amor são meros mitos e que o que realmente importa é o conteúdo das antigas pilhas de embrulhos vistosos, hoje nem tão vistosos, já que o mais interessante é ver a pilha cada vez maior.
Assim o Natal ganhou um significado a mais, ou trocou de significado, ou melhor, começou a significar mais pra uns do que para outros. Significa mais para os pais que TEM que comprar presentes para os filhos( mesmo sem ter dinheiro) por que se não não tem natal; significa mais para as pobres crianças que não vão ganhar nada de natal e que no fim, essa data só vai ser um dia a mais, com um pouco menos de fome por conta de uma caridade; significa mais ainda pra toda a gama de pessoas cheias de amor no coração e que são donas de lojas ou de empresas, seja elas quais forem, pois na época do natal, tudo se compra e tudo é vendível...no fim a semana desemboca num outro momento que não se sabe qual é o significado, o Ano Novo. Dele só se espera uma coisa, um pouco mais de dinheiro e um pouco menos de miséria. Por que a miséria não deixa o pobre comprar( ou melhor, gastar o que tem e o que não tem) e se ele não compra, como é que o rico vai ter um pouco mais de dinheiro?
Tudo muda, até a surda-muda! Todo esse devaneio acabou de me dar um teco na cabeça e dizer que, claro, o meu ponto de vista, desde que eu tinha 10 anos cresceu no mínimo 30 centímetros. Como posso querer que tudo signifique a mesma coisa se eu mesmo já não significo quase nada do que significava?

O Novo jarro do velho museu

Se faz necessário descrever uma série de fatos que não tem a mínima importância. Um livro não seria livro se fosse objetivo como as palavras que voam de nossas bocas frivolamente nos minutos de cada momento entre momentos. Dos livros que li, que tenho lido e que espero ler, os que conseguem me iluminar as idéias são sempre aqueles que tratam dos assuntos de maneira tão leve e sagaz que me fazem esquecer que em 80 por cento de suas páginas estão registrados nada mais nada menos do que desnecessáriedades. È completamente desagradável quando consigo perceber, no meio de um capítulo, que o autor vem enrolando e desenrolando o mesmo assunto em forma de paráfrases por páginas a fio sem se dar o trabalho de nos puxar pelo fio de prata que possuímos saindo do nosso meio, quer ele seja o umbigo quer ele seja a testa.
A sensação que faz um leitor saber que é um leitor e que gosta de ser o que é é exatamente esta, a de ser, em meio a olhos grudados em uma mídia qualquer, cravejada de signos, puxado sem procedimentos de segurança prévios pela sua linha mais intima e instável por um outro ser que está na maioria das vezes num lugar distante qualquer. È um portal, uma esquema transcendente do universo que acontece nesse momento e faz com que relacionamentos se estendam como uma teia onde não se sabe quem está dominando quem, se o escritor que puxa, ou se o leitor que fornece ao escritor o saciar de seu vício de puxar fios alheios e cativá-los, criando para si um império completamente nobre e virtual.
O que tenho feito neste momento? Quantas vezes você já se perguntou por que digo o que digo ou o que é que me motiva a sentar frente a uma máquina mortífera e digitar coisas só para que essas frases não se afoguem no mar de bugigangas do meu lóbulo? Eu tenho tentando saciar-me com o que só você pode me oferecer, e você, se sente satisfeito por me oferecer tua preciosa prata?