segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Pequenos gulosos!

Metrô de Brasília. Pouco mais de onze horas da manhã. Eu, de óculos escuros...nunca se sabe, entra e sai de túneis, no fim, sairei à claridade mesmo. Estava sem meu MP3, minha cabeça voava em pensamentos inúteis, nada que fosse importante. Um momento e comecei a observar duas pessoas que conversavam. Uma mulher com uma bolsa enorme e um homem que a ouvia atentamente. Em alguns segundos percebi que a moça tentava vender alguma coisa para o homem, tentava não, já o tinha convencido a dar o telefone para que ela entrasse em contato em uma outra hora. Animadíssima com o que quer que fosse o seu produto a mulher gesticulava e dava certeza da eficácia da coisa. Depois de mais algum tempo a mulher já estava aconselhando o rapaz a comprar e dar o tal produto também para a sua esposa, por que no fim, o produto era mmmuuuiiitttoo bom! Foi aí que ela disse algo que me fez perceber o quanto somos estranhos, e queremos mais e mais, ela disse: Por que as nossas células ficam famintas sabe, aí qualquer coisa que a gente come elas absorvem! Como minha cabeça estava totalmente porosa e afim de uma idéia absurda pra trabalhar, logo imaginei milhões de celulazinhas com bocarras enormes e dentes super afiados a mostra gritando: Comida! Comida!...e em seguida um pão gigantesco caindo de não sei onde e sendo devorado por aquelas coisinhas doentias...isso são as nossas células?! Gente que horror...então por dentro somos assim, um composto de milhões de pequenos gulosos e famintos?
É, somos sim!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Olhos vendados

Quando se conhece, o alvo do ex-desconhecimento perde o seu valor, qualquer que seja, em quase 50% ou mais. O mistério, o desconhecido e a idéia de não saber são temperos simplesmente viciantes e afrodisíacos que nos fazem viajar por caminhos tão longe de casa que, o fato de saber a verdade sobre estes mistérios, desvendá-los, estraga toda a festa.
Há quem diga que os ignorantes são mais falizes. Talvez sejam mesmo. Mas ainda mais felizes talvez sejam os que, mesmo sabendo onde, quando e como encontrar as respostas, escolhem a fantasia de sonhar com a possibilidade de multiplas e incontáveis versões para seus fim's e porque's.

Fantasia

Com dez olhos te quero
Não consigo contemplar-te com um só
És imensamente intensa!

Tua pele é prata polida
Teu sorriso, uma luz perdida
Que me faz perdido ser em meu lar

Haha, és cruel e gostas disso!
Só a mim ofuscas, e confunde...
És um típico ser fantastico.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Dual

Como pode? A barriga sempre começa a roncar nos momentos mais inoportunos! E é só disso que consigo lembrar as vezes...de como a coisa qualquer que comi enquanto só queria estar só, ou queria não existir, ou queria poder mudar as coisas com um toque de mágica, ou queria ficar congelado naquele momento pra sempre, ou queria pular de alegria sem parar até que as pernas se desgrudassem do meu corpo e eu criasse assas era ruim ou boa...e quando era muito boa, ou muito ruim, faz doer depois não a barriga, mas a cabeça por causa do contraste que tem com aquele dilema...
As coisas insistem em acontecer com esse padrão, e de vez em sempre é tão super irritante!
Aí nunca dá pra aproveitar nada direito, dá?
Quero conseguir isolar essas coisas, e que cada uma aconteça no seu tempo, ora essa...acho que ninguém nunca falou de forma dura, por isso que é sempre essa bagunça...
Quero conseguir me deslocar no espaço e sentir aquela agradável brisa cósmica sem ter que ficar enfiando o dedo no olho depois pra tirar um pequeno cometa infeliz!