sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

O Novo jarro do velho museu 3

Estou sem sentimentos inspiradores neste exato momento, mas pensar que são apenas esses momentos que fazem de mim o que sou vai totalmente contra o que eu acredito ser um bom eu. A primeira coisa que devemos levar em conta é que a arte não existe por que um punhado de pessoas em suas épocas foram agraciadas com visitas constantes dessas senhoras chamadas Musas e deixaram-se levar por elas em seus atos criativos. È certo e não há o que duvidar que certos senhores tinham como intimas essas beldades, mas não eram somente elas que faziam suas macieiras frutificarem. Antes de todo ato artístico existe o conhecer, o trabalhar e o penar de todo o processo pré.
As pessoas que apreciam a arte, ou pelo menos o dizem, contemplam tudo com grande afeição e deslumbramento, congratulam o artista, vão para suas casas, pensam na obra, refletem, acham significados para elas, as colocam como marcos nas suas vidas e fim. São poucos os que, antes de tudo, ao olharem para aquele assomo de alma e contrações, pensam no quanto o artista sofreu para produzir, o quanto ele estudou, o quanto maturou idéias, fez e desfez rascunhos e mais rascunhos, enjoou-se, alegrou-se, desistiu até por fim chegar ao trabalho final (que na maioria das vezes nem fica do jeitinho que o idealizador queria).
Trabalho. Esse sim é o sinônimo de qualquer artifício ou agente artístico. Esforço, treino, compreensão, estudos, críticas, fracassos. E é o trabalho mais laborioso de todos, pois só depende do próprio artesão.

Um comentário:

Anônimo disse...

Difícil é achar palavras...

Depois de saborear aqui alguns belos frutos do trabalho a que se tem dedicado, meu irmão, a sensação é mesmo essa:

Palavra é para se lavrar!

Palavradas!

(ainda crio coragem e inicio minha lavoura - ou mesmo uma pequena horta...)

;D