É de versos e reversos
Que tenho escrito meus pensamentos
Todos viajantes clandestinos nessa minha cabeça fraca.
Chamas laranjas lânguidas lambem o que me resta
E todas as minhas melhores intenções egoístas se esgotam
Nesse sensual ritual de tortura sequênciada.
Tenho firmes em meus seios a carga viril de mil sonhos
Mas cada um deles falha, impotentizam-me
Vocês me olham sem olhar seus olhares mais justamente sórdidos.
É enquanto me debato contra essa janela da salvação
Que todas as minhas astúcias se esvaem num som rancoroso e mórbido
É enquanto me viro pra pegar minha bagagem
Que caio de boca nessa imensa lata de lixo, boca felina
É enquanto tento encaixar meu globos oculares
Que deixo esfarelar meu coração por entre essas costelas magras...
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